segunda-feira, 23 de abril de 2012

Vale a pena desenvolver para Windows Phone?

São Paulo – Com a expansão do Windows Phone entre os usuários no mundo, muitos desenvolvedores passaram a se questionar: será que vale a pena aprender a criar apps também para Windows? Ou dominar apenas as linguagens para iOS e Android é suficiente.

De acordo com os especialistas ouvidos pela INFO, vale sim incluir este terceiro sistema operacional móvel em sua lista de aprenzidado.  O principal motivo para começar a criar os apps para o recente sistema operacional móvel é a possibilidade de popularizar estes aplicativos dentro da loja virtual Windows Marketplace. Segundo o presidente da Nokia Brasil, o sistema conta com cerca de 70 mil aplicativos.
Os concorrentes diretos do Windows Phone (iOS da Apple e o Android do Google) possuem um acervo de 600 mil e 400 mil apps, respectivamente.  "O sistema operacional da Microsoft ainda carece de aplicativos, mas para o desenvolvedor isso pode ser benéfico porque fica mais fácil de o cliente achar um app desenvolvido por ele", diz Juan Carlos Britto, coordenador de desenvolvimento e tecnologia da empresa WebSoftware.
“O novo sistema deve se tornar um gerador de novos postos de trabalho para desenvolvedores. Vale a pena estudar não só Windows como qualquer linguagem nova que apareça no mercado”, diz Antonio Marin Neto, especialista em plataformas mobile da Globalcode. Segundo o especialista, a única pessoa que pode ser fã e ter preferência por um sistema operacional é o usuário e não o desenvolvedor.
Há também uma demanda crescente de profissionais que trabalham por conta própria. Os autônomos são procurados especialmente por empresas que não podem contratar uma pessoa e investir em uma tecnologia recente, mas que necessitam marcar presença nas mais diversas plataformas. "Quem estiver preparado e conhecer a tecnologia do Windows Phone aproveitará este momento e ganhará dinheiro", diz o especialista.
Outro fator favorável aos interessados em criar apps para Windows Phone é a falta de um desbloqueio que permite instalar aplicativos piratas. "Isso ajuda a vender os apps, mas é uma questão de tempo até algum hacker desenvolver algo similar ao jailbreak do iPhone", afirma Neto.
Como todos os outros sistemas, o Windows Phone possui falhas. Um dos pontos fracos desta plataforma é o kit de desenvolvimento fornecido pela Microsoft, segundo Britto.
"O software ainda não é maduro para desenvolver aplicativos mais complexos e robustos. Ainda é preciso adicionar recursos para que estes softwares possam desenvolver apps com um melhor acabamento. Acredito que isso será possível em breve assim como aconteceu com o Android e o iOS", afirma.
O kit de desenvolvimento da Microsoft pode ser baixado de graça e permite desenvolver aplicações para Windows Phone e Windows 8. Este último, pode ser instalado em computadores e tablets. Há também material de estudo no portal de aprendizado para todas as ferramentas da Microsoft, o MSDN.
Os requisitos para criar os apps para Windows Phone também são uma vantagem, uma vez que eles requerem o sistema operacional Windows, o mais usado nos computadores no mundo todo, de acordo com as pesquisas da consultoria StatCounter.
Britto comenta que o Android conta com uma comunidade muito forte de desenvolvedores e isso facilita a programação. Segundo o especialista, este fenômeno poderá ocorrer com o Windows Phone, uma vez que trabalha com a linguagem .NET, a principal concorrente do Java. Os interessados neste sistema operacional também podem obter exemplos de códigos no site da Microsoft.
De acordo com Britto, hoje é mais caro desenvolver para o iOS porque a linguagem da Apple é suportada somente por computadores da empresa, que são a minoria no mercado. Já o sistema para Android pode ser mais rentável para o desenvolvedor, pois é feito em Java, que roda em todas as plataformas. Ou seja, não importa o computador que você tem em mãos.
Neto acredita fielmente que o Windows Phone será um forte concorrente para o Android e iOS. Para ele, os investimentos da Nokia e Microsoft farão o sistema ocupar o segundo lugar como o sistema mais popular entre os dispositivos móveis, atrás somente do Android, que roda em diversos dispositivos de várias empresas.

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