terça-feira, 16 de abril de 2013

Leitores de DVD podem ser utilizados para diagnosticar HIV


Por  em 15.04.2013 as 16:00

Fato: você quer assistir um vídeo. Cenário: você faz o download desse vídeo no computador e, se quiser assisti-lo em outro lugar, passa o arquivo para um pendrive.
Daqui a alguns anos, é provável que as crianças sequer saibam o que é um leitor de DVD. Ou, preferencialmente, elas vão conhecer a tecnologia de uma forma completamente diferente da nossa geração.

Isso porque uma equipe de pesquisadores liderada por Aman Russom, do Instituto Real de Tecnologia em Estocolmo (Suécia), pode ter encontrado uma nova função para os leitores de DVD: uma técnica eficaz e rápida de testar HIV e fazer outras análises. Os cientistas converteram um DVD comercial em um microscópio de varredura a laser, que pode analisar sangue e fazer imagens celulares com um micrômetro de resolução.
A descoberta cria a possibilidade de uma ferramenta barata e simples de usar, que pode ter benefícios de longo alcance na área da saúde, especialmente nos países em desenvolvimento.
“Com um leitor de DVD comum, criamos uma ferramenta barata de análise de DNA, RNA, proteínas e até mesmo células”, diz Russom.

Lab-on-DVD: vantagens e vantagens

Até agora, o chamado “Lab-on-DVD” tem se mostrado uma tecnologia incrível que só tem potenciais benefícios.
Com ele, é possível realizar um teste de HIV em apenas alguns minutos. Quando o HIV infecta uma pessoa, a maior parte das células infectadas são Cd4+. O vírus torna-se parte dessas células que, em vez de combater a infecção, cada vez mais produzem cópias do HIV. Em um experimento, os pesquisadores coletaram células do tipo Cd4+ no sangue de pacientes e as visualizaram perfeitamente usando a nova tecnologia.
Hoje em dia, a contagem dessas células usando citometria de fluxo é padrão em testes para detectar HIV, mas a prática tem sido limitada nos países em desenvolvimento por causa de seu custo.
O Lab-on-DVD representa uma alternativa para citometria de fluxo. Enquanto esta última pode custar mais de US$ 30.000 (cerca de R$ 58.800) excluindo sua manutenção, a nova tecnologia, se produzida em massa, poderia ser disponibilizada por apenas US$ 200 (R$ 392).
Além disso, ao contrário dos instrumentos volumosos e tecnicamente complexos usados na citometria, o Lab-on-DVD é portátil e exige menos treinamento para ser operado.
“O baixo custo da tecnologia torna-a adequada como um instrumento de diagnóstico na prática clínica”, afirma Russom. “E porque oferece uma análise extremamente rápida, o paciente não precisa ir para casa e esperar por uma resposta. Ele pode recebê-la na primeira visita a um médico”.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Como uma impressora 3D devolveu o rosto a este homem



Era a noite de natal de 2008, e o britânico Eric Moger, então com 56 anos, acertou em cheio ao escolher a data para pedir em casamento sua noiva, Karen Hunger.


Menos de um ano depois, no entanto, médicos descobriram algo assombroso: havia um tumor gigantesco, do tamanho de uma bola de tênis, escondido sob a pele da bochecha esquerda de Eric.


Para ter a vida salva, o homem, que trabalhava como gerente de um restaurante, se submeteu a uma cirurgia. A operação custou seu olho esquerdo, seu osso zigomático (ou malar) e boa parte da mandíbula. Ele foi deixado com um buraco enorme no rosto. Deprimido, Eric adiou os planos de casamento. Acabou indo parar, ao lado de Karen, em um programa de TV chamado “Channel 4’s Embarassing Bodies” (literalmente, “corpos vergonhosos do canal 4″), que deu visibilidade a seu drama.


Uma equipe de cientistas lideradas por um dentista, Andrew Dawood, passou a trabalhar para salvar o rosto de Eric. Com auxílio de um software avançado e uma combinação de técnicas cirúrgicas, ele recebeu uma prótese de precisão e praticidade impressionantes. Com a autoestima recuperada, Eric retomou o projeto de se casar. Karen, maravilhada, ainda não consegue acreditar como o rosto do futuro marido ficou tão bom assim.

Como reconstruir um rosto

A volta do rosto de Eric é uma conquista muito mais do que estética. A cratera que surgiu no lado esquerdo do rosto o impedia de comer e beber, já que parte da mandíbula foi retirada. Desde a cirurgia, todas as refeições do britânico precisavam ser inseridas por um tubo diretamente no estômago. Como se não bastasse, ele não conseguia falar claramente. Para conseguir pronunciar qualquer coisa, era preciso segurar a boca com a mão.
Por essa razão, a equipe de Dawood teve que se preocupar com dois problemas ao mesmo tempo. O primeiro era reconstituir o rosto de Eric no formato exato e transformá-lo em uma máscara de silicone. Esta tarefa foi cumprida graças a um sofisticado programa de computador, que projetou, camada por camada, sua nova “pele” facial.
Ao mesmo tempo, era necessário recuperar a boca de Eric. A prótese desenvolvida por Dawood tem uma estrutura em titânio que fica presa no lado direito do rosto. Dessa forma, ele consegue ter uma mandíbula totalmente controlável. E, sendo a prótese removível, Eric não precisa usá-la para dormir.

A nova vida de Eric

O ato de falar, que tinha se tornado tão complicado, não representa mais nenhum problema. E Eric, emocionado, degustou uma tigela de cereal com leite quente assim que instalou o novo rosto. Foi sua primeira refeição feita pela boca em mais de quatro anos.


E o doutor Dawood, visionário, já planeja os próximos passos. Ele pretende instalar dentes na mandíbula artificial de Eric, para aumentar a capacidade de mastigação. E nem durante o verão o homem terá que se preocupar: quando tomar um sol e a pele do lado direito se bronzear, ele vai ganhar uma prótese em uma tonalidade mais escurinha. Falta de vontade de ir à praia, pelo jeito, também não será mais um problema. [Daily Mail / Sydney Morning Herald / COS Surgery]





Fonte: http://hypescience.com/como-uma-impressora-3d-devolveu-o-rosto-a-este-homem/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Cientistas criam componente de computador usando DNA


Por  em 2.04.2013

Mesmo o mais complexo dos computadores funciona com base em componentes eletrônicos microscópicos chamados “transistores”, normalmente feitos de silício e outros materiais inorgânicos. Recentemente, porém, cientistas conseguiram produzir transistores a partir de um material biológico: DNA.

De modo similar aos transistores convencionais, os biológicos (nomeados “transcritores”) permitem operações lógicas do tipo “se a condição X for cumprida, deverá ocorrer Y”, que é uma das três funções básicas de um computador – junto com o armazenamento e a transmissão de informações. E, diferentemente de seus equivalentes inorgânicos, que lidam com impulsos elétricos, os transcritores controlam o fluxo de enzimas ao longo de sua cadeia de DNA – ao deixar passar determinados impulsos e impedir outros, eles permitem a criação de operações altamente complexas.
Além de controlar o fluxo de elétrons/enzimas, os transistores/transcritores amplificam os sinais recebidos (no caso dos componentes orgânicos, alterando a produção de enzimas na célula em que se localiza), para que eles atravessem os circuitos.

FONTE: http://hypescience.com/cientistas-criam-componente-de-computador-usando-dna/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29

Computador feito de músculos funciona como uma máquina de Turing

Por  em 2.04.2013 

Em 1936, o jovem matemático britânico Alan Turing (http://cncaires.blogspot.com.br/2012/02/as-maiores-criacoes-do-pai-da.html) enunciou uma teoria que seria o embrião da ciência da computação: a Máquina de Turing. 



Tratava-se do primeiro mecanismo de resolução de problemas com base em algoritmos binários. O “computador” que Turing idealizou jamais chegou realmente a ser construído. Mas dois cientistas neozelandeses apresentaram, na semana passada, uma máquina movida a músculos artificiais que usa o mesmo princípio. No futuro, estes mecanismos podem dar grande impulso ao desenvolvimento das próteses.
Este novo computador, que ocupa um metro cúbico de espaço, foi criado por Benjamin O’Brien e Iain Alexander Anderson, da Universidade de Auckland (Nova Zelândia). O que eles desenvolveram foi uma analogia ao corpo humano; músculos artificiais que “pensam” por si mesmos.
Nossos músculos são dotados de certo “raciocínio próprio”, o que os faz reagir e movimentar-se sem que o cérebro precise dar uma ordem expressa. São os chamados reflexos. Até hoje, a ciência não conseguiu criar nenhum robô com reflexos, já que todos os movimentos partem sempre de um controle central. Este é o grande pioneirismo do novo computador.

FONTE:http://hypescience.com/computador-feito-de-musculos-funciona-como-uma-maquina-de-turing/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29