terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Especialistas listam as principais tendências tecnológicas para 2012

Biomimetismo, reconhecimentos de gestos e voz e redes sociais mais intimistas serão alguns dos assuntos mais comentados do ano

O site Fastco Design fez uma pesquisa com diversos especialistas em tecnologia questionando quais serão as tendências do mercado para este ano. Os "meteorologistas da tecnologia" desenharam, a partir de suas experiências em estratégia e engenharia, quais as previsões para 2012.

2012  

Segundo o site, o reconhecimento de voz e gestos, redes sociais mais intimistas e a exploração da biomimética – estudo que utiliza os conhecimentos da natureza para a ciência – serão alguns dos assuntos mais comentados do ano. Abaixo é possível conferir as demais tendências identificadas para o ano.

Cidades conectadas

Atualmente as cidades possuem câmeras, sensores e redes para fornecer informações de absolutamente tudo. Existem fotos e vídeos das ruas, serviços de geolocalização com integração às redes sociais e mais um monte de ferramentas que irão se tornar mais acessíveis e, consequentemente, conectar as pessoas às cidades em que vivem.

Reconhecimento de voz e gestos

A interação com a tecnologia está se tornando cada vez mais comum. Agora, nós, literalmente, conversamos com os aparelhos e eles conversam com a gente. Softwares de inteligência artificial em celulares, carros, computadores e até TVs vão se tornar comuns. As pessoas não precisam nem mesmo falar para serem compreendidas. Os equipamentos serão comandados naturalmente pelos humanos por meio de gestos e voz.

Redes sociais mais intimistas

As redes de hoje ainda não atendem adequadamente às necessidades de privacidade e intimidade dos humanos. Os recursos disponíveis amplificaram os círculos de amizade e transformaram os usuários em pessoas diferentes de quem eles realmente são. Em 2012, as empresas vão entregar novas ferramentas para estreitar o círculo social e captar a intimidade e autenticidade de cada usuário.

Convergência dos gadgets e especialização

Na última década o mundo viu hardwares se convergindo e se transformando em peças únicas. Os smartphones são os melhores exemplos disso. Os aparelhos se tornaram uma espécie de canivete suíço, e misturam recursos de câmera fotográfica, filmadora, computadore e celular. Com isso, analistas acreditam que haverá uma especialização em determinados segmentos, já que esse fenômeno está forçando que os equipamentos originais se tornem cada vez melhores. Fora isso, a previsão é que as empresas mantenham essa ideia de criar gadgets cada vez mais completos.

Novidades no mercado móvel

Especialistas acreditam que os celulares irão se tornar um item da "pirâmide de Maslow", junto das necessidades mais básicas de sobrevivência dos seres humanos. A tendência é que o mercado lance mais modelos simples para atrair públicos com menor poder aquisitivo. Um exemplo desta tendência é o smartphone desenvolvido pela Huawei que custa menos de US$ 100 e roda Android. O aparelho vendeu muito bem em países menos desenvolvidos como Índia, Quênia e alguns locais da América do Sul e Ásia, e deve ser bastante copiado por outras fabricantes. Estes aparelhos, no entanto, não serão notáveis pela inovação, mas pelo fato de que uma população mais humilde irá descobrir pela primeira vez as maravilhas da mobilidade.

Colaboração remota

A vida moderna fará com que as pessoas se voltem cada vez mais para um universo digital. E isso já pode ser visto em diversas áreas. Não só o trabalho remoto, mas também o atendimento remoto ao cliente já podem ser vistos na internet, conforme mostra esta matéria. Especialistas, no entanto, ainda acreditam que faltam tecnologias para que nossas experiências virtuais sejam melhores e mais objetivas. Porém, este é um ponto que tende a evoluir neste ano.

Biomimetismo

Este ano também veremos um número crescente de cientistas, tecnólogos, governos e empresas olhando para o biomimetismo. A ideia é projetar sistemas baseados e inspirados na natureza. Muitas vezes a natureza fornece exemplos de economia de energia e outras soluções ecologicamente corretas em seu ecossistema, portanto, nada melhor do que observá-la para desenvolver tecnologias que sigam estes padrões.

Você tem ideia do que veremos em 2012? Deixe nos comentários abaixo sua opinião sobre as tendências do ano.

FONTE: http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/especialistas-listam-as-principais-tendencias-tecnologicas-para-2012

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A vida sem patrão

A maioria das pessoas no Brasil já trabalha sem carteira assinada e isso não é sinal de empobrecimento. Muita gente está tentando ganhar a vida por conta própria



Claudio Rossi

A REALIZAÇÃO DE UM SONHO
O casal Mathias e Eliana trocou dez anos de carreira na Rhodia pela construção de uma pousada no interior de Minas Gerais. O negócio deu certo e eles conseguiram manter um padrão de vida muito semelhante ao da época em que trabalhavam como empregados



A lista de sonhos da classe média sofreu uma alteração significativa. Uma das metas favoritas dessa fatia da sociedade sempre foi conseguir um bom emprego numa firma renomada ou numa estatal. Hoje em dia, empregar-se com carteira assinada ainda fascina as pessoas, mas não com igual intensidade. Muita gente descobriu o caminho paralelo de trabalhar por conta própria, vivendo sem patrão. Alguns aprendem isso porque sentiram a oportunidade no ar. Outros só perceberam a possibilidade ao ser despedidos num mercado de trabalho com tendência a encolher. Fato é que, de acordo com os estudos mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase metade da população urbana do país já trabalha sem assinar carteira ou receber ordenado. Segundo especialistas, pela primeira vez, há mais gente ganhando a vida sem carteira de trabalho do que com ela. "É uma das maiores mudanças já ocorridas na estrutura e na dinâmica da economia brasileira", afirma o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega, sócio da consultoria econômica Tendências.

                                                                                                      Queiroga/Lumiar
JORNADA DUPLA
Na época em que sua franquia de perfumes não lhe dava retorno, a pernambucana Roberta Araújo de Albuquerque trabalhava como caixa de um banco. A dupla jornada acabou quando o negócio engrenou


Em 1992, registrava-se um empate técnico entre o time dos que trabalhavam empregados, com carteira e tudo, e o dos que atuavam por conta própria. Cada um deles contava com cerca de 18 milhões de pessoas. A massa de empregados permaneceu praticamente inalterada até hoje. Mas o exército dos "sem-carteira" cresceu muito e ultrapassou a casa de 23 milhões de pessoas. Como a carteira é uma conquista da era Vargas que indiscutivelmente garantiu direitos básicos ao empregado, trabalhar sem ela era o mesmo que estar subempregado. Afinal, quem vivia sem registro? Entre os milhões nessa situação, costuma-se citar os camelôs, os vendedores de bugigangas em semáforos, as domésticas. Também entram na lista aqueles que fazem bico enquanto aguardam uma oportunidade de emprego. São sempre lembrados ainda os que, mesmo trabalhando numa firma qualquer, ficam sem registro por ganância do patrão, que não quer arcar com custos trabalhistas.
Essa fatia mais humilde da sociedade continua na mesma situação de penúria e gostaria muito de arranjar um bom e seguro emprego regular. A grande novidade no campo do trabalho sem carteira é o ingresso nesse clube de uma fatia expressiva formada por uma mão-de-obra qualificada. São administradores, publicitários, bancários e engenheiros, entre outros profissionais que pagam os impostos em dia (pelo menos a maioria deles, segundo a Receita Federal) e não querem ouvir falar em patrão. Essa gente se divide em três blocos centrais: há os terceirizados, que permanecem vinculados à empresa onde trabalhavam antes, só que na condição de prestadores de serviço; há os consultores, que atuam em diversas companhias; e há os empresários, que montaram um negócio qualquer. Comércio e prestação de serviço são as áreas mais procuradas, com cerca de 35% da preferência. Estima-se que essa fatia mais qualificada entre os 23 milhões de sem-carteira concentre nada menos que 12 milhões de pessoas.

Kiko Ferrite

ENGENHEIROS "INFORMAIS"
O engenheiro Marco e a arquiteta Miriam Addor não trabalham mais com carteira assinada desde que montaram um escritório, em 1995
Claudio Rossi

PEDREIRO REGISTRADO
A exemplo de outros colegas, o pedreiro Brito conseguiu ser registrado por uma construtora e receber alguns benefícios

Historicamente, a remuneração dos sem-carteira situava-se num patamar abaixo do auferido pela fatia empregada da sociedade. No correr das décadas de 80 e 90, esse patamar foi subindo de forma expressiva e deu um salto nos últimos anos. Hoje, um empregado ganha, em média, 560 reais por mês. Já a renda dos "sem-carteira" se aproxima de 800 reais. Enquanto os empregados tiveram um incremento de 17% nos vencimentos, os sem-carteira conseguiram melhorar em 40% seus ganhos. "O Brasil se tornou uma nação de empreendedores, e essa mudança vem se intensificando de forma silenciosa", afirma o cientista político Sérgio Abranches, colunista de VEJA. 

Nélio Rodrigues/Ag. 1° Plano
TENTATIVA FRUSTRADA
Com o dinheiro do Fundo de Garantia, 
a professora mineira Mirna Chipiakoff montou um cafénum bairro elegante de Belo Horizonte. Por falta de movimento, o negócio durouapenas nove meses


Sinais desse Brasil empreendedor podem ser conferidos em toda parte. Um dado objetivo é uma consulta ao Departamento Nacional de Registro do Comércio. De 1985 a 1989, cinco últimos anos da década de 80, foram abertas, em média, 420 000 empresas por ano. Entre 1995 e 1999, essa média saltou para 496 000, um aumento de 18%. São mais de 1 300 negócios surgindo diariamente – quase um por minuto. Há estudos mostrando que a maior parte dos novos empresários era composta de funcionários de uma empresa privada. Em São Paulo, esse número chegou a 59%. Outra indicação do fenômeno empreendedor é um trabalho recente elaborado pelo Babson College e pela London Business School. Os especialistas criaram um ranking com os povos mais empreendedores do planeta. Foram avaliados dados de 21 países. O Brasil ficou em primeiro lugar na lista. Um em cada oito brasileiros adultos monta um negócio próprio. Nos Estados Unidos, segundo colocado, a proporção é de um para dez. Um dos motivos que contribuem para o alto índice de empreendedores no Brasil é a legislação trabalhista rígida, que impede contratações flexíveis. Isso joga muitos candidatos a emprego na faixa dos que precisam se virar sozinhos. Nos Estados Unidos ou na Austrália, um dono de restaurante pode contratar garçons que trabalham apenas nos fins de semana para engrossar o plantel fixo da casa. Uma mulher que precise cuidar de uma pessoa inválida e dos quatro filhos ao mesmo tempo pode ser contratada como secretária de uma firma para trabalhar apenas duas horas por dia, dia sim, dia não. Não importa a combinação, tudo é possível. No Brasil, não. O único modelo aceito é o das oito horas diárias, com um mês de férias, 13° salário, indenização por demissão e todo o resto. Em todo país com legislação trabalhista rígida há mais desemprego.
No Brasil, algumas pessoas abrem uma empresa para melhorar a qualidade de vida. Um modelo imaginado por muitos é o casal Mathias de Abreu Lima Filho, 48 anos, e Eliana Chiocheti, 39. Ambos tinham bons cargos na Rhodia, em São Paulo. Ele era gerente do departamento de pesquisa, ela coordenadora de recursos humanos de uma das unidades da empresa. Depois de dez anos de carreira, os dois se desligaram da empresa e, no ano passado, inauguraram uma charmosa pousada em Monte Verde, no interior de Minas Gerais. Com o rendimento da pousada, sustentam quatro filhos, três deles estudando em escolas particulares. Têm casa própria, pagam plano de saúde e levam uma vida de bom padrão. "Nosso rendimento é ainda um pouco menor comparado ao da época em que éramos empregados da Rhodia", afirma Lima Filho. "A diferença acaba sendo compensada pelo prazer de tocar um projeto pessoal", completa ele.

Raul Junior
Fotos Rogério Voltan
NEGÓCIOS EM CASCATA
Segundo um estudo 
internacional, os brasileiros estão em primeiro lugar no ranking dos povos mais empreendedores. É uma vocação tão forte que o mesmo negócio pode gerar uma série de "filhotes". No mercado da moda, isso ocorre com freqüência. Depois de trabalhar na Forum, do estilista Tufi Duek (1), o assessor Marcelo Sommer (2) montou a própria grife em 1995. Emilene Galende (3), ex-funcionária dessa nova empresa, seguiu o mesmo caminho e hoje também possui uma marca própria. "Já participei até de desfiles importantes", conta ela, orgulhosa



sábado, 28 de janeiro de 2012

Entenda o que são os ultrabooks

Ao longo dos anos, computadores portáteis vem sofrendo diversas alterações estéticas, principalmente no quesito tamanho. Os primeiros notebooks eram grandes e pesados, sem praticidade para locomoção - o que deveria ser sua função inata. Com o tempo, os modelos foram afinando, ficando menores e mais leves, até a chegada dos netbooks, pequenos notebooks entre oito e dez polegadas, em média.
Os smartphones estão, cada vez mais, potentes, e agora, a última novidade são os tablets - um pouco maiores que os smartphones e com a capacidade de processamento similar a de um netbook. Tendo em vista esse panorama, para onde mais evoluir?
Intel, durante o evento Computex 2011, sugeriu um caminho: os ultrabooks. Mais do que um nome, há todo um conceito por trás dessa nova nomenclatura para designar um gadget. Assim, é necessário esmiuçar as novidades propostas pela Intel para essa nova série de aparelhos portáteis, começando pelo processador.
Wafer de processadores (Foto: Intel)Wafer de processadores (Foto: Intel)
Os primeiros ultrabooks do mercado chegarão com os tais processadores Sandy Bridge da Intel. O nome, dado a segunda geração de processadores Core da empresa, já é famosa nos notebooks.
Os Sandy Bridge foram lançados no começo do ano de 2011 e possuem uma estrutura de 32nm, além da nova tecnologia Turbo Boost 2.0, que dá um melhor desempenho para o processador e apresenta menor consumo que sua antiga geração.
Já pensando na segunda onda de seus ultrabooks, a Intel anunciou que os aparelhos lançados em 2012 terão processadores com codinome "Ivy Bridge", que promete uma taxa de consumo tão baixa de energia a ponto de se tornar revolucionária, nos seus pequenos 22 nm. A última promessa da Intel, no quesito processador, virá em 2013, com a nova linha com codinome "Haswell". Veja um vídeo comparativo entre os processadores Intel Core i& e a segunda geração, os "Sandy Bridge", no vídeo abaixo.

Outro diferencial que poderá ser feito com o uso dos novos processadores é o tamanho e a espessura dos ultrabooks. Em média, os ultrabooks terão 11 polegadas, em um corpo com menos de 2cm de espessura, distribuídos em 1kg. O baixo consumo de seus aparelhos fará com que a bateria tenha uma autonomia real de até 10 horas. Como conexão, portas USB 3.0 e a novíssima Thunderbolt (que alcança velocidades 20x mais rápidas que o USB) se encontrarão presentes nos aparelhos.
Asus UX21: o primeiro ultrabook do mercado ainda não chegou às lojas (Foto: Divulgação)
Em resumo, esses novos aparelhos são uma fusão entre a praticidade de um netbook com um melhor tempo de resposta, usual nos tablets. Por serem superfinos e leves, podem ser facilmente transportados em mochilas e bolsas, o que é ideal para se levar na rua.
A princípio, o maior prejudicial pode ser a pouca capacidade de armazenamento, já que os ultrabooks usarão memórias flash, que costumam transitar entre 8 e 64gb para poder economizar no consumo de energia. Ganha-se, no entanto, no tamanho e na capacidade de uso, mas perde-se no armazenamento. Eles deverão custar, em média, US$ 1 mil.
O primeiro ultrabook anunciado foi o Asus UX21. Sua configuração consiste em um case de 1,7cm de espessura (mais fino que o Macbook Air), uma tela de 11,6 polegadas (1366 x 768 pixels), trackpad de vidro, pesa pouca mais de um quilo, duas portas USB (2.0 e 3.0), uma saída mini-HDMI, e equipado com processadores Intel Core i7. Terá memória de 4GB de RAM e foi exibido pela primeira vez durante a Computex. Seu lançamento está previsto para o final do ano.
Nos resta, então, aguardar e saber qual será o futuro dos ultrabooks no mercado.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Conheça a trajetória da Amazon, a gigante do varejo eletrônico

A loja virtual, que começou na garagem do seu fundador, se transformou em uma das mais importantes companhias de tecnologia do mundo



As histórias de sucesso dentro da web têm algo em comum: elas iniciaram em um período em que quase ninguém tinha internet ou sabia que esta ferramenta se tornaria o epicentro do mundo. Com a Amazon não foi diferente. Em julho de 1994, quando Jeff Bezos resolveu abrir seu negócio, a ideia era audaciosa: o empresário queria vender livros pela internet.

Amazon

Jeff abandonou seu emprego em uma grande empresa de Wall Street e iniciou o projeto da Amazon.com no caminho de uma mudança, de Nova York para Seattle. Ele já havia estudado sobre os hábitos de compras via correio dos norte-americanos e descobriu que a venda de músicas e livros pela web seriam duas boas opções. Como o mercado fonográfico era bastante fechado, ele optou pelos livros. Além disso, Entre suas pesquisas, o empresário também descobriu que as livrarias poderiam ter milhares de livros, mas somente conseguiriam expor cerca de 3 milhões de títulos, portanto, um catálogo digital seria a solução.

Um ano depois, o fundador colocava o site no ar. Durante os primeiros dias, Bezos atendeu a pedidos de clientes direto de sua garagem. Ele alugou uma casa por US$ 890 por mês e tinha o espaço ideal para empacotar os livros. No entanto, após um tempo, o espaço estava se tornando pequeno demais para a alta demanda e Jeff teve que mudar a Amazon para um espaço de 1.100 metros quadrados, que podia armazenar algumas centenas de livros.

Graças aos descontos oferecidos de 10% a 30%, o negócio já deslanchava. A campainha, que tocava cada vez que um pedido era lançado no site, logo se tornou insuportável e o programador teve de desligá-la. O sucesso dos primeiros dias de atividades foi tanto que Jerry Yang, co-fundador do Yahoo!, ligou para Bezos sugerindo que eles colocassem o Amazon.com em uma das páginas do portal. O empresário aceitou o convite e após entrarem na lista dos sites mais legais do momento, as vendas da Amazon triplicaram.

No final da semana de estreia, a Amazon.com já tinha US$ 12 mil em encomendas de livros e na semana seguinte foram mais US$ 15 mil de encomendas. Em entrevista para o Wall Street Journal, Jeff lembrou que durante as primeiras semanas todos os funcionários trabalhavam até às 3h para empacotar e endereçar os pedidos. Como a casa ainda não tinha mesa, o pessoal permanecia de joelhos durante horas fazendo os pacotes. O fundador até pensou em comprar joelheiras, mas um de seus funcionários sugeriu que ele comprasse mesas. “Na hora eu pensei que essa era a ideia mais brilhante que já tinha ouvido na minha vida”, brincou.

No fim do primeiro ano, a empresa teve seu primeiro grande pedido de 100 livros. O sucesso tinha sido conquistado pelo boca a boca, já que a companhia não tinha investido quase nada em publicidade. A única ação da Amazon era alguns cartazes espalhados pela Barnes & Noble que dizia: "Não encontrou o livro que procurava?" juntamente com o endereço do site.

Em 1999, a companhia já contava com 500 empacotadores que passavam o dia embrulhando os pedidos e respondendo as questões dos clientes. Os funcionários ganhavam US$ 10 a US$ 13 por hora. O profissional que mais rendia conseguia responder 12 emails por minuto e os que tinham um número muito abaixo disso eram mandados embora. Para incentivar os funcionários, Jeff iniciou uma competição entre os empregados para ver quem respondia mais emails. Naquela semana, o pessoal chegou a trabalhar 12 horas por dia. Cada um recebeu US$ 200 de bônus a cada 100 mensagens respondidas.

Uma das ferramentas que contribuiu para o sucesso do site era a resenha eletrônica, que permitia que os próprios clientes expusessem sua opinião sobre os livros. Algumas pessoas acharam a ideia estranha, mas o empresário acreditava que, apesar dos feedbacks negativos, eles conseguiriam vender mais livros a partir do momento que ajudassem os clientes nas decisões de compras.

A forma como Bezos administrava a companhia era bastante peculiar e não agradava a todos. Ele queria uma empresa descentralizada e até desorganizada, onde as ideias individuais prevalecessem. Ele instituiu o conceito do "time de duas pizzas", que determinava que um grupo ou departamento não poderia ser tão pequeno a ponto de ser alimentado apenas por duas pizzas.

Além disso, o fundador era bastante preocupado com os feedbacks. Certa vez uma mulher mais velha enviou um email à companhia reclamando do pacote. Ela disse que precisou pedir ajuda de seu sobrinho para abrir o embrulho. Quando Jeff soube disso, mandou redesenhar os pacotes imediatamente para tornar a abertura mais fácil.

Frequentemente, o empresário também criava novas ferramentas para o site para facilitar a compra e a busca por livros, especialmente os títulos mais estranhos. Um dos recursos, chamado de "1 clique", foi patenteado e permitia que os clientes comprassem livros em apenas um clique.

Em 1996, a Amazon abriu um IPO e em 2001 aumentou o leque de opções, passando a oferecer eletrônicos, artigos esportivos, roupas e até jóias. Três anos depois, a companhia comemorava a venda de 108 milhões de itens durante a temporada de férias. Já em 2006, Jeff lançou uma prévia da loja de músicas, que rendeu, no quarto trimestre, um aumento de 42% nas vendas do site.

No ano seguinte, a companhia dá mais um salto rumo ao sucesso. Em novembro de 2007, a  Amazon anunciou seu leitor de e-books, o Kindle. As vendas do dispositivo foram duas vezes acima do esperado e, por isso, em fevereiro de 2009, a empresa apresentou o Kindle 2. Neste meio tempo, a Amazon ainda lançou um serviço de streaming de video-on-demand de filmes e séries de TV com 40 mil títulos de filmes disponíveis para o mercado norte-americano.

Com o Kindle, em 2010, o lucro da companhia aumentou 71% e suas ações subiram. A contribuição do e-reader à empresa foi enorme e a Amazon decidiu lançar mais modelos do dispositivo. Em setembro de 2011 foram apresentados o Kindle Fire, Kindle Touch e o tradicional Kindle. Um dos últimos anúncios da empresa afirmou que a Amazon está se preparando para lançar e-books no Brasil. A varejista norte-americana contratou Mauro Widman, um engenheiro que vai desenvolver a plataforma de livros digitais numa versão em português.

Conheça a história de outras gigantes da web! A trajetória do Buscapé e doeBay também já foram contadas por nós.



FONTE: http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/perfil-conheca-a-trajetoria-da-amazon,-a-gigante-do-varejo-eletronico

sábado, 21 de janeiro de 2012

FBI fecha o Megaupload e prende quatro pessoas


O Departamento de Justiça americano anunciou ontem (19) que uma grande ação foi conduzida para fechar o Megaupload, um dos mais populares sites de compartilhamento e armazenamento de arquivos.
Após receber acusações de um promotor de justiça em Virginia, EUA, no dia 5 de janeiro, por conspiração ilegal, conspiração para infringir direitos registrados e outras causas, as autoridades federais prenderam quatro pessoas e realizaram mais de 20 mandados de busca nos Estados Unidos e em outros oito países, somando 18 domínios de sites diferentes e cerca de R$ 90 milhões em bens.
Um dos subsidiários do Megaupload, o Megavideo, ficou muito popular para fazer downloads de filmes e séries de televisão. Existiram contas pagas e gratuitas, sendo que aqueles que faziam upload de conteúdos populares recebiam por isso.
Em uma declaração pública, o Departamento e o FBI comentaram a ação como “entre os maiores casos de violação de direitos autorais na história dos EUA”.
O advogado do Megaupload, Ira Rothken, afirmou que ele soube das ações apenas na manhã passada e ainda não tinha lido o processo inteiro. “Nossa impressão inicial é de que as alegações não têm mérito e o Megaupload vai contestá-las vigorosamente”, comenta. “Nós temos medo de que os processos e ações sejam feitos sem a oportunidade de explicações”.
De acordo com a acusação, os operadores do Megaupload ganharam mais de R$ 320 milhões ilegalmente e causaram um prejuízo no valor estimado de R$ 900 milhões em direitos autorais. O site diz ter mais de 50 milhões de visitantes diários.
Quatro dos operadores do site foram presos na Nova Zelândia, enquanto três ainda não foram localizados. Cada um dos sete pode pegar uma pena máxima de 55 anos de prisão.
De acordo com o New York Post, o rapper Swizz Beatz – nome verdadeiro Kasseem Dean – é o diretor executivo da empresa, mas não está listado no processo. O músico é casado com a cantora Alicia Keys.
Rothken afirma que Beatz não tem administrado o site e que recentemente ocorreu um “período de transição”.
As notícias com certeza foram bem recebidas pela indústria do entretenimento, que em conjunto com alguns órgão do governo, criaram o SOPA (Stop Online Piracy Act) e o PIPA (Protect Intellectual Property Act). Caso esses atos passem e se tornem leis, as cortes americanas vão conseguir com muito mais facilidade tirar do ar sites como o Megaupload, mesmo que operem inteiramente fora dos EUA.
Em represália ao que aconteceu com o Megaupload, o grupo de hackers Anonymous tirou do ar os sites do Departamento de Justiça e da Universal Music Group, que estão envolvidos no processo.
Na quarta-feira, cerca de 10 mil sites, incluindo alguns famosos como o Wikipedia, não funcionaram em protesto aos projetos citados.
A administração do governo Obama também anunciou que é contra os projetos na forma atual.[LosAngelesTimes]

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Celular com Internet desbanca o chope no cálculo da inflação brasileira

IBGE adaptou o sistema ao novo estilo de vida do brasileiro, que inclui cada vez mais o uso do telefone com acesso à Web; mudança reduz projeção.

Sai o chope, entra o celular com acesso à Internet. OIBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou que, a partir deste ano, itens como chope,  bacalhau ou a máquina de costura não pesam mais na inflação, segundo informações publicadas pelaAgência Brasil.

O órgão do governo responsável pelo cálculo retirou cerca de 50 itens, e acrescentou 32, entre eles o celular com acesso à Internet e a TV por assinatura. As mudanças no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo ), que é divulgado mensalmente pelo IBGE e serve como referência para as metas de inflação estipuladas pelo governo, foram promovidas para adequar o cálculo aos hábitos de consumo dos brasileiros. Segundo os responsáveis, os novos itens têm um maior impacto na vida do brasileiro.
Com o anúncio, feito na semana passada, antes mesmo que o IPCA passasse a ser calculado pela nova fórmula, instituições financeiras reduziram as projeções da inflação para 2012, como o Banco Itaú, que reajustou a previsão de 5,75% para 5,25%, e a consultoria Sul América Investimentos, que cortou de 5,3% para 5%.
Para 2012, a meta do governo é que o índice fique abaixo de 5%, menor que o de 2011. No ano passado, o IPCA ficou em 6,5%, o mais alto desde 2004 e acima da meta estabelecida de 4,5%, atingindo o “teto” do cálculo, que permite dois pontos percentuais.


FONTE: http://idgnow.uol.com.br/mobilidade/2012/01/16/smartphone-desbanca-o-chope-no-calculo-da-inflacao-no-brasil/

O que são os diamantes e qual sua origem

DiamanteOs diamantes são uma forma cristalina de Carbono, dura e transparente. Por muitos séculos foram apreciados como a mais perfeita das pedras preciosas, sendo de grande valor na sociedade.

Os diamantes são encontrados em quase todos os grandes continentes. Historicamente, a Índia foi o primeiro fornecedor de diamantes para o mundo; logo depois o Brasil tornou-se a fonte mais importante para ser encoberto por sua vez, pelas descobertas fabulosamente ricas da África. A mais recente fonte de diamantes fora da África foi descoberta na antiga União Soviética, nas enormes jazidas da Sibéria Setentrional.

Os diamantes foram formados nas profundezas da terra, sob a influência de pressões muito elevadas combinadas com altas temperaturas. Os números exatos relativos à gênese dos diamantes naturais não são conhecidos mas, certamente, excederam 50.000 bária, 500 kg/mm2 e 1.200°C. Os diamantes que se cristalizaram sob essas imensas forças e temperaturas chegaram à superfície da terra durante violentas erupções vulcânicas. Com grande freqüência, uma coluna de rocha derretida era impelida para cima através da crosta terrestre. Estas colunas de rocha são o que conhecemos como uma coluna kimberlítica.

O nome kimberlita, derivado da cidade de Kimberley, onde essas colunas foram descobertas pela primeira vez, é a denominação do mineral onde os diamantes são encontrados. As camadas superiores dessas extrusões kimberlíticas sofreram erosão causada pela chuva e pelos ventos durante milhares de anos e os diamantes nelas contidos foram arrastados às gargantas e aos rios indo parar, muitas vezes no mar.

O diamante é um mineral relativamente pesado, com uma densidade de 3.52 g/cc, e portanto tende a se acumular em cacimbas, em leitos e margens de rios, principalmente em suas curvas, etc. Os depósitos dessa natureza são chamados depósitos de aluvião e, na realidade, foram os primeiros a serem minerados e explorados. A descoberta das primeiras colunas vulcânicas verdadeiras veio mais tarde, em Kimberley, na década de 1870.

Talvez o mais famoso, e com certeza o mais rico, de todos os depósitos de aluvião é o da Consolidated Diamond Mines do Sudoeste África, em Oranjemund (Foz do Orange)

Ali, os diamantes estão depositados em antigos terraços marinhos — que se estendem por mais de 80 km a noroeste da Foz do Rio Orange. Esses ricos terraços de aluvião estão cobertos por uma grossa camada superficial de areia e pedras arredondadas (calhaus), que têm que ser retiradas para que os diamantes sejam recuperados. Esta que é a maior operação de remoção de terra que se conhece, implica na remoção de até 20 toneladas de areia e rocha, para se extrair 1/5 de grama (um quilate) de diamante.

As minas de colunas, dentre as quais as de Kimberley, são talvez as mais conhecidas, também implicam na remoção de enormes quantidades de rocha visando à extração de quantidades relativamente mínimas de diamante. Na Mina Premier, onde foi descoberto o diamante Cullinam, o maior do mundo, três toneladas de Kimberlita têm que ser extraídas para cada quilate de diamante.

Os diamantes assim extraídos das várias minas, são classificados como pedras preciosas ou industriais, conforme a sua forma e pureza. Em geral, apenas os diamantes cuja pureza e limpidez não são suficientes para seu uso como pedras preciosas é que são classificados como industriais.

A porcentagem de diamantes industriais varia bastante de uma mina para outra — por exemplo, na Consolidated Diamond Mines of South West Africa, 9,8% são preciosos e 2% industriais. O oposto dos grandes depósitos do Zaire, onde mais de 80% dos diamantes são industriais e menos de 20% podem ser classificados como gema ou quase gema.

Foram essas enormes jazidas do Zaire que, até o advento do diamante sintético, supriram em grande parte a demanda mundial de diamantes industriais, do tipo empregado para a geração de pós e grãos abrasivos.

Antes de falar dos sintéticos, no entanto, seria interessante explicar brevemente a classificação dos diamantes industriais. 

A classificação mais ampla é uma divisão em dois tipos. O de qualidade inferior que serve apenas para ser britado para uso como abrasivo industrial, conhecido como “boart”, e que constitui o maior volume apesar de ter o menor valor. 

O diamante de melhor qualidade do que o que é britado é subdividido, por sua vez, conforme sua utilização geral — diamantes para perfuração nas indústrias de mineração e petróleo, dressadores para a retificação de rebolos abrasivos, etc.

Na década de 50 ficou evidente que a aplicação útil dos diamantes industriais estava sendo limitada pelo suprimento natural disponível. Isto incentivou a pesquisa para se elaborarem métodos de produção de diamantes sintéticos. A busca foi bem sucedida e levou ao estabelecimento da florescente indústria de diamantes sintéticos.

Os diamantes sintéticos são produzidos sob condições bem similares às condições naturais, a saber - pressões muito elevadas e altíssimas temperaturas. Entretanto, no Laboratório ou na fabrica, é difícil manterem-se essas condições extremas pelo período de tempo necessário para o desenvolvimento de cristais grandes e, no futuro que nos é dado antever, o diamante sintético estará limitado a cristais bem pequenos que são usados como partículas abrasivas, paralelamente ao boart natural britado no tamanho equivalente.


FONTE: http://www.royalldiamond.com/diamante/

Crowdsourcing e o poder das pessoas conectadas em rede

Em 2006, o jornalista Jeff Howe cunhou o termo crowdsourcing, no seu livro “O poder das multidões”, conceito muito similar ao de co-criação de Prahalad.
Segundo a Wikepedia, um dos maiores exemplos do próprio termo, o crowdsourcing é um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para resolver problemas, criar conteúdo e soluções ou desenvolver novas tecnologias.
Existem diversos serviços baseados em crowdsourcing e co-criação no mundo, segundo dados do crowdsourcing.org e a Internet é utilizada como agente facilitador da maioria destes negócios. E muitas destas inovações coletivas são a favor da cidadania, do bem comum.
As mídias sociais estão diretamente ligadas ao crowdsourcing, já que são plataformas construídas para permitir a criação colaborativa de conteúdo, a interação social e o compartilhamento de informações em diversos formatos.
Selecionei alguns exemplos interessantes de crowdsourcing:
1 – Semelhante ao Digg.com, a Dell lançou o IdeaStorm.com, o qual permite aos clientes apresentarem suas ideias e, posteriormente votarem em suas preferidas. Em seguida a Dell voltou-se para os colaboradores e lançou o EmployeeStorm, esta comunidade logo surgiu com informações e decisões que no passado nunca tinham sido discutidas na empresa, o que mudou o curso da comunicação interna e a própria cultura da organização.
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2 – A rede de cafeterias Starbucks tem um sistema semelhante ao IdeaStorm da Dell (na verdade, baseado na mesma plataforma, o SalesforceIdeas). A rede da Starbucks chama-se MyStarbucksIdea.com.
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3 – A Volkswagen Canadá utilizou sua fanpage no Facebook e inseriu ali uma campanha que convida os consumidores a ajudarem na criação de um novo comercial da montadora.
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Em Tribes, Seth Godin argumentou que os consumidores desejam estar conectados aos outros consumidores, e não às empresas. As empresas devem abrir espaço para essa necessidade e ajudar os consumidores a se conectarem uns aos outros em redes.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Google está mudando o funcionamento de sua busca

Recurso "Search, plus Your World" quer trazer resultados do que o usuário compartilha para dentro da busca padrão


Reprodução
Google
"Estamos trazendo o seu mundo, rico de pessoas e informação, para a busca". É assim que o Google define oSearch, Plus Your World, uma repaginada no mecanismo de busca do titã da internet.De acordo com o post no blog oficial da empresa, o novo recurso visa integrar mais as redes sociais aos resultados de busca do Google.

Basicamente, funciona da seguinte forma: hoje, você depende muito de páginas públicas, criadas por qualquer pessoa. A ideia do Google é manter essa capacidade, mas indexando também conteúdos de seus amigos em redes sociais relacionados ao termo buscado. Em outras palavras, se procurar por um determinado produto ou local, postagens de seus amigos no Facebook ou no Plus, relacionadas ao que foi procurado, também estarão nos resultados, em uma guia separada.

O Plus também passará por algumas mudanças, sendo integrado ao Picasa, permitindo a postagem de fotos na rede social.

A novidade deve chegar nos próximos dias, mas por enquanto será restrita às procuras em inglês. Não será necessário um perfil no Google Plus para ver os resultados pessoais.


FONTE: http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/google-esta-mudando-o-funcionamento-de-sua-busca