quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Conheça a trajetória da Amazon, a gigante do varejo eletrônico

A loja virtual, que começou na garagem do seu fundador, se transformou em uma das mais importantes companhias de tecnologia do mundo



As histórias de sucesso dentro da web têm algo em comum: elas iniciaram em um período em que quase ninguém tinha internet ou sabia que esta ferramenta se tornaria o epicentro do mundo. Com a Amazon não foi diferente. Em julho de 1994, quando Jeff Bezos resolveu abrir seu negócio, a ideia era audaciosa: o empresário queria vender livros pela internet.

Amazon

Jeff abandonou seu emprego em uma grande empresa de Wall Street e iniciou o projeto da Amazon.com no caminho de uma mudança, de Nova York para Seattle. Ele já havia estudado sobre os hábitos de compras via correio dos norte-americanos e descobriu que a venda de músicas e livros pela web seriam duas boas opções. Como o mercado fonográfico era bastante fechado, ele optou pelos livros. Além disso, Entre suas pesquisas, o empresário também descobriu que as livrarias poderiam ter milhares de livros, mas somente conseguiriam expor cerca de 3 milhões de títulos, portanto, um catálogo digital seria a solução.

Um ano depois, o fundador colocava o site no ar. Durante os primeiros dias, Bezos atendeu a pedidos de clientes direto de sua garagem. Ele alugou uma casa por US$ 890 por mês e tinha o espaço ideal para empacotar os livros. No entanto, após um tempo, o espaço estava se tornando pequeno demais para a alta demanda e Jeff teve que mudar a Amazon para um espaço de 1.100 metros quadrados, que podia armazenar algumas centenas de livros.

Graças aos descontos oferecidos de 10% a 30%, o negócio já deslanchava. A campainha, que tocava cada vez que um pedido era lançado no site, logo se tornou insuportável e o programador teve de desligá-la. O sucesso dos primeiros dias de atividades foi tanto que Jerry Yang, co-fundador do Yahoo!, ligou para Bezos sugerindo que eles colocassem o Amazon.com em uma das páginas do portal. O empresário aceitou o convite e após entrarem na lista dos sites mais legais do momento, as vendas da Amazon triplicaram.

No final da semana de estreia, a Amazon.com já tinha US$ 12 mil em encomendas de livros e na semana seguinte foram mais US$ 15 mil de encomendas. Em entrevista para o Wall Street Journal, Jeff lembrou que durante as primeiras semanas todos os funcionários trabalhavam até às 3h para empacotar e endereçar os pedidos. Como a casa ainda não tinha mesa, o pessoal permanecia de joelhos durante horas fazendo os pacotes. O fundador até pensou em comprar joelheiras, mas um de seus funcionários sugeriu que ele comprasse mesas. “Na hora eu pensei que essa era a ideia mais brilhante que já tinha ouvido na minha vida”, brincou.

No fim do primeiro ano, a empresa teve seu primeiro grande pedido de 100 livros. O sucesso tinha sido conquistado pelo boca a boca, já que a companhia não tinha investido quase nada em publicidade. A única ação da Amazon era alguns cartazes espalhados pela Barnes & Noble que dizia: "Não encontrou o livro que procurava?" juntamente com o endereço do site.

Em 1999, a companhia já contava com 500 empacotadores que passavam o dia embrulhando os pedidos e respondendo as questões dos clientes. Os funcionários ganhavam US$ 10 a US$ 13 por hora. O profissional que mais rendia conseguia responder 12 emails por minuto e os que tinham um número muito abaixo disso eram mandados embora. Para incentivar os funcionários, Jeff iniciou uma competição entre os empregados para ver quem respondia mais emails. Naquela semana, o pessoal chegou a trabalhar 12 horas por dia. Cada um recebeu US$ 200 de bônus a cada 100 mensagens respondidas.

Uma das ferramentas que contribuiu para o sucesso do site era a resenha eletrônica, que permitia que os próprios clientes expusessem sua opinião sobre os livros. Algumas pessoas acharam a ideia estranha, mas o empresário acreditava que, apesar dos feedbacks negativos, eles conseguiriam vender mais livros a partir do momento que ajudassem os clientes nas decisões de compras.

A forma como Bezos administrava a companhia era bastante peculiar e não agradava a todos. Ele queria uma empresa descentralizada e até desorganizada, onde as ideias individuais prevalecessem. Ele instituiu o conceito do "time de duas pizzas", que determinava que um grupo ou departamento não poderia ser tão pequeno a ponto de ser alimentado apenas por duas pizzas.

Além disso, o fundador era bastante preocupado com os feedbacks. Certa vez uma mulher mais velha enviou um email à companhia reclamando do pacote. Ela disse que precisou pedir ajuda de seu sobrinho para abrir o embrulho. Quando Jeff soube disso, mandou redesenhar os pacotes imediatamente para tornar a abertura mais fácil.

Frequentemente, o empresário também criava novas ferramentas para o site para facilitar a compra e a busca por livros, especialmente os títulos mais estranhos. Um dos recursos, chamado de "1 clique", foi patenteado e permitia que os clientes comprassem livros em apenas um clique.

Em 1996, a Amazon abriu um IPO e em 2001 aumentou o leque de opções, passando a oferecer eletrônicos, artigos esportivos, roupas e até jóias. Três anos depois, a companhia comemorava a venda de 108 milhões de itens durante a temporada de férias. Já em 2006, Jeff lançou uma prévia da loja de músicas, que rendeu, no quarto trimestre, um aumento de 42% nas vendas do site.

No ano seguinte, a companhia dá mais um salto rumo ao sucesso. Em novembro de 2007, a  Amazon anunciou seu leitor de e-books, o Kindle. As vendas do dispositivo foram duas vezes acima do esperado e, por isso, em fevereiro de 2009, a empresa apresentou o Kindle 2. Neste meio tempo, a Amazon ainda lançou um serviço de streaming de video-on-demand de filmes e séries de TV com 40 mil títulos de filmes disponíveis para o mercado norte-americano.

Com o Kindle, em 2010, o lucro da companhia aumentou 71% e suas ações subiram. A contribuição do e-reader à empresa foi enorme e a Amazon decidiu lançar mais modelos do dispositivo. Em setembro de 2011 foram apresentados o Kindle Fire, Kindle Touch e o tradicional Kindle. Um dos últimos anúncios da empresa afirmou que a Amazon está se preparando para lançar e-books no Brasil. A varejista norte-americana contratou Mauro Widman, um engenheiro que vai desenvolver a plataforma de livros digitais numa versão em português.

Conheça a história de outras gigantes da web! A trajetória do Buscapé e doeBay também já foram contadas por nós.



FONTE: http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/perfil-conheca-a-trajetoria-da-amazon,-a-gigante-do-varejo-eletronico

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